sexta-feira, 25 de junho de 2010

MENSAGENS

Ai Se Sêsse
Cordel Do Fogo Encantado
Composição: Zé Da Luz

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse
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Mãos Dadas
Carlos Drummond de Andrade
Composição: Carlos Drummond de Andrade

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
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Carlos Drummond Andrade
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A MORTE DE CADA DIA

Um jovem aprendiz foi procurar o seu mestre com um grande temor. Ele temia a morte.

Chegando ao templo, o aprendiz ajoelhou-se e "abriu seu coração":

– Mestre, sinto envergonhado de dizer, mas temo muito a morte. O que devo fazer? Como posso superar esse medo?

O mestre, pacientemente, ajoelhou-se ao lado do discípulo e diz:

– Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência devida, e isso é um erro. Existem outros tipos de morte, e nós precisamos morrer todo dia.

– Todo dia, mestre? Eu já tenho medo de morrer uma vez, quem dirá todos os dias – interrompeu o aprendiz.

– A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio! A morte nada mais é do que o ponto de partida para o início de algo novo. É a fronteira entre o passado e o futuro.

Vendo que o semblante do aprendiz tinha dado os primeiros sinais de alegria, o mestre continuou sua explicação:

– Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente. Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas. Quer ter um bom relacionamento? Então mate dentro de você o jovem inseguro ou ciumento ou solteiro solto que pensa poder fazer planos sozinho, sem ter de dividir espaços projetos e tempo com mais ninguém. Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior.

– E qual o risco de não agirmos assim? – perguntou o jovem.

– O risco é tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo nossa produtividade e, por fim, prejudicando nosso sucesso. Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou agiam. Acabam se transformando em projetos inacabados, híbridos, adultos infantilizados. Podemos até agir, às vez, como meninos, de tal forma que não matemos virtudes de criança que também são necessárias a nós, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade etc. Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar pensamentos infantis, para passarmos a pensar como adultos. Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e mais evoluído? Então, o que você precisa matar em si ainda hoje para que nasça o ser que você tanto deseja ser? Pense nisso e morra! Mas, não esqueça de nascer melhor ainda!

do livro: "As mais belas parábolas de todos os tempos vol. II"
Alexandre Rangel (org.)
Editora Leitura

Um comentário:

  1. GOSTARIA DE CONHECER MELHOR SEUS PROJETOS POIS TRABALHO NA AREA AMBIENTAL GOSTARIA DE TROCAR IDEAIS E PROJETOS NOVOS VOU ENVIAR MEUS CONTATOS

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